quinta-feira, 29 de maio de 2008
Sonda Phoenix enviou quatro dezenas de imagens do Pólo Norte marciano
Uma das imagens enviadas pela Phoenix
Menos de duas horas depois de ter aterrado em Marte, a sonda Phoenix enviou para Terra 40 fotografias do solo árido do planeta vermelho, numa das quais se vê um dos seus três pés poisado entre pequenas pedras.
Outras dessas imagens a preto-e-branco mostram o horizonte do planalto árctico marciano e o solo com padrões poligonais semelhantes aos existentes na Terra em regiões de gelo permanente (permafrost).
"Absolutamente lindo", comentou Dan McCleese, investigador principal no Laboratório de Propulsão por Jacto (JLP) da NASA. "Parece um bom sítio para começar a escavar".
Estas primeiras fotografias destinam-se sobretudo a dar informações aos engenheiros sobre as condições em que se encontra a sonda, nomeadamente o seu abastecimento de energia e os instrumentos científicos. Uma das fotografias mostra a sonda a abrir os seus painéis solares, como previsto, depois do pó ter assentado.
Os primeiros dados indicam que a Phoenix aterrou quase na vertical, com uma inclinação de apenas um quarto de grau. A sonda norte-americana mergulhou na atmosfera de Marte às 00:30 de hoje (hora de Lisboa) a mais de 19.000 kms por hora, após uma viagem de 10 meses e 711 milhões de kms no espaço, para uma missão de três meses destinada a encontrar vestígios de vida no planeta vermelho.
Na descida executou uma dança coreografada que incluiu a abertura de um pára-quedas e o disparo de foguetes propulsores para reduzir a sua velocidade até 8 km por hora e aterrar suavemente às 00:38. A aterragem só foi confirmada na Terra às 00:53 porque o sinal demorou 15 minutos a percorrer à velocidade da luz os 276 milhões de quilómetros que separam Marte da Terra.
A sonda funciona com energia solar e utilizará um braço robótico de alumínio e titânio de 2,35 metros para recolher amostras de gelo e outro material até a 60 centímetros de profundidade que serão analisados num laboratório a bordo. Com os seus dois painéis solares abertos, a Phoenix mede 5 metros de largura e 1,52 metros de comprimento, e pesa 350 quilogramas, 55 dos quais de instrumentos científicos, sendo a missão desempenhada a temperaturas entre 73 e 33 graus Celsius negativos.
quarta-feira, 21 de maio de 2008
Cartografia radar do polo norte do planeta vermelho revela o seu passado
Uma cartografia radar do pólo norte de Marte revelou novos detalhes sobre a formação da calote glaciar e a história termal do planeta vermelho, segundo trabalhos publicados quinta-feira.
Utilizando os dados fornecidos por radares a bordo da sonda norte-americana Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), Roger Phillips, do Instituto de Pesquisas de Boulder, no Colorado, conseguiu determinar que a calote do pólo norte do planeta se compõe de quatro camadas de gelo, cheias de areia e pó. Estas camadas são separadas por placas de gelo muito mais puro, explica o cientista, principal autor deste estudo publicado na revista Science de hoje.Os investigadores atribuíram a formação destas camadas à variação da órbita de Marte ao longo dos anos e consideram que a calote glaciar se formou num período de cinco milhões de anos. Este estudo revelou também que o peso da calote de gelo e de sedimentos misturados não deforma a camada sedimentar em profundeza, o que deixa supor que esta crosta é muito sólida e deve ter uma espessura de mais de 300 quilómetros.
A região do pólo norte de Marte faz parte de uma enorme bacia sedimentar testemunha de mais de três mil milhões de anos de depósitos e de erosão de gelo, pó, lava vulcânica e outros materiais de composição variável.
quinta-feira, 15 de maio de 2008
Astronauta da ESA vem a Portugal promover recrutamento de candidatos
A Agência Espacial Europeia (ESA) procura pela primeira vez candidatos a astronautas em Portugal e realiza hoje em Lisboa uma sessão de promoção desse recrutamento que contará com a presença de um astronauta alemão.
Desconhece-se para já se há portugueses interessados em viajar pelo espaço e pisar outros planetas, mas prevê-se que as candidaturas comecem a surgir a partir dessa sessão de informação, no Pavilhão do Conhecimento - Ciência Viva, disse hoje à Agência Lusa Mário Amaral, da representação da ESA em Portugal.
Além do astronauta Ernst Messerschmid, do Centro Europeu de Astronautas (EAC), estarão presentes o responsável pela divisão de astronautas desse organismo, Horst Schaarschmidt, e o investigador Manuel Paiva, que coordenou vários projectos de investigação biomédica associados ao espaço.
O processo de recrutamento terá início na segunda-feira, estando em jogo a selecção de pelo menos quatro astronautas para integrar futuras missões tripuladas à Estação Espacial Internacional (ISS) e "mais além", segundo a ESA.
"Não procuramos super-homens, mas pessoas sãs e com um perfil psicológico muito determinado, com capacidade de adaptação, abertas e que gostem de trabalhar em equipa", disse Jean Coisne, do gabinete de comunicação do Centro Europeu de Astronautas da ESA.
Os quatro escolhidos, de preferência com idades entre 27 e 37 anos, irão juntar-se aos oito que actualmente integram o Corpo de Astronautas da ESA. A candidatura será feita pela Internet (www.esa.int/astronautselection) e terá de ser acompanhada de uma certificação médica idêntica à requerida aos pilotos da aviação comercial.
A ESA procura jovens com estudos científicos, médicos ou de pilotagem, com experiência profissional e muita curiosidade pelo espaço. Os candidatos terão de enfrentar vários patamares de selecção, com testes de aptidão profissional e psicológica que incluirão exames de avaliação da capacidade cognitiva, seguidos de testes clínicos por peritos em medicina aeronáutica, testes de laboratório e de processos espaciais.
Só os que passarem estes crivos poderão ser considerados membros "potenciais" do pessoal da ESA, com condições para serem submetidos à comissão de exame das candidaturas.
Essa será a última barreira na corrida para a sua nomeação oficial, prevista para o princípio de 2009, que lhes abrirá a porta do centro de formação da ESA em Colónia, na Alemanha, onde se converterão em verdadeiros astronautas.
A instalação do laboratório científico europeu Columbus na ISS e o êxito da primeira viagem do ATV (veículo de transporte automatizado) Júlio Verne relançaram os trabalhos da ESA na estação orbital, para onde intensificará nos próximos meses o envio de astronautas europeus.
Portugal pertence de pleno direito à ESA desde 14 de Novembro de 2000, sendo um dos 17 Estados-membros cujos cidadãos podem candidatar-se a este desafio.
terça-feira, 6 de maio de 2008
quinta-feira, 24 de abril de 2008
Parlamento Europeu dá «luz verde» final à colocação em órbita do sistema Galileo até 2013
O Parlamento Europeu, reunido em Estrasburgo, deu "luz verde" definitiva à implementação do sistema de navegação por satélites Galileo, que deverá estar operacional e pronto a rivalizar com o GPS norte-americano até 2013. A posição, quase unânime, do hemiciclo põe fim a um longo processo e confere a base jurídica ao projecto, que dispõe já de um orçamento e de um plano de implementação detalhado.
No ano passado, o projecto Galileo chegou a estar seriamente ameaçado na sequência do fracasso das negociações com o sector privado - que forçava a UE a "encontrar" 2,4 mil milhões de euros, para além dos mil milhões já contemplados no orçamento para 2007-2013 -, tendo todavia sido alcançado um acordo entre os 27 durante a presidência portuguesa, no segundo semestre do ano.
O Parlamento Europeu aprovou um pacote de compromisso negociado com o Conselho sobre o regulamento que estabelece as regras de execução do Galileo, tendo o comissário europeu com a pasta dos Transportes, Jacques Barrot, indicado no hemiciclo de Estrasburgo que antes do final do ano serão assinados os contratos com a indústria.Pensado em 2001 para pôr fim à dependência do sistema norte-americano GPS (de origem militar), o Galileo é composto por uma "constelação" de 30 satélites, colocados em órbita a cerca de 24.000 quilómetros de altitude. A fase de implantação, que compreende a criação de todas as infra-estruturas espaciais e terrestres, deverá decorrer entre o corrente ano e 2013, ano em que o sistema deverá estar operacional.
quinta-feira, 17 de abril de 2008
ESA recruta novos astronautas na Europa
Com os astronautas da ESA a trabalharem no laboratório Columbus, a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS) e com o sucesso da missão ATV, o primeiro dos veículos de transferência de carga automatizados da ESA, que ao acoplar na ISS permitiu o fornecimento de carga variada, nomeadamente de mantimentos frescos à estação, as actividades de voos tripulados da ESA estão definitivamente a entrar numa nova era.
Está na hora da ESA procurar novos talentos e reforçar o seu corpo de Astronautas para futuras missões tripuladas à ISS, à Lua e mais além.
A Agência Espacial Europeia entrou para a história dos voos espaciais tripulados em 1978, data em que foi realizada a primeira selecção de astronautas, seguiu-se em
O processo global de selecção terá início na segunda-feira 19 de Maio, seguindo normas e procedimentos previamente estabelecidos:
- 1) Selecção: o primeiro passo para a candidatura formal será efectuado online, em www.esa.int/astronautselection.
- 2) Os candidatos terão que apresentar um certificado médico, o mesmo que é exigido aos pilotos particulares, tendo esse exame que ser realizado por um médico perito em medicina aeronáutica certificado pelas autoridades aeronáuticas nacionais.
- 3) Os candidatos terão de passar por duas fases de avaliação de aptidão psicológica e profissional, que incluem testes profissionais, comportamentais e cognitivos.
- 4) Avaliação médica: este processo inclui um exame clínico a realizar por médicos e especialistas clínicos do sector aeronáutico, testes laboratoriais de despistagem e outros procedimentos especiais.
- 5) Entrevista formal: como potenciais membros da equipa de pessoal da ESA, os candidatos a astronautas serão submetidos a uma avaliação profissional adicional por parte de um comité de selecção da ESA.
- 6) As nomeações finais serão oficialmente anunciadas em 2009.
Os candidatos seleccionados passarão a integrar o Corpo Europeu de Astronautas e iniciarão a sua formação básica no Centro Europeu de Astronautas (ESA-EAC) em Colónia, na Alemanha.
quinta-feira, 10 de abril de 2008
Explosão cósmica ocorrida há 7,5 mil milhões de anos vista na Terra
A NASA observou uma explosão cósmica tão potente e luminosa que os seus efeitos puderam ser detectados a olho nu a partir da Terra, embora tenha ocorrido há 7,5 mil milhões de anos a uma distância de mais de metade do Universo visível.
"Nenhum outro objecto conhecido ou qualquer outro tipo de explosão pode ser percebido a olho nú a tal distância", isto é 7,5 mil milhões de anos luz, comentou, maravilhado, Stephen Holland, um cientista da NASA, citado num comunicado da agência.
"Se alguém estivesse a olhar para o lugar certo, no momento adequado, teria visto o objecto mais afastado alguma vez observado a olho nú sem ajuda óptica", salientou o cientista.
Até agora, o objecto mais longínquo que se podia ver a olho nú era a galáxia M33, que se encontra "apenas" a 2,9 mil milhões de anos-luz.
A explosão, chamada Sobressalto Gama foi detectada pelo satélite Swift da NASA que está encarregue de as procurar, é um dos fenómenos mais violentos que ocorrem no Universo.
O Sobressalto de quarta-feira "varre todos os Sobressaltos Gama que vimos até hoje", salientou Neil Gehrels, do Centro de Voo Espacial Goddard da Nasa.
fonte: NASA
quinta-feira, 3 de abril de 2008
Cientistas da NASA identificaram o mais pequeno buraco negro conhecido
A gravidade de um buraco negro é tão forte que nada, nem mesmo luz, pode escapar o seu alcance.
Os astrónomos nunca poderão encontrar no universo o buraco negro mais pequeno, mas chegaram perto em resultados divulgados em 31 de março. Nikolai Shaposhnikov e Lev Titarchuk, que trabalham na NASA's Goddard Space Flight Center, em Greenbelt, Md., ter identificado o mais pequeno buraco negro conhecido do universo. Este buraco negro pesaria o mesmo que 3,8 astros do tamanho do nosso sol.
O Sol é uma enorme astro, e pode conter mais de um milhão de planetas Terra.Um astro que pesa o mesmo que 3,8 astros do tamanho do sol poderia parecer bastante, mas seria uma ninharia quando comparado com todos os outros buracos negros conhecidos. Anteriormente, o menor buraco negro conhecido pesa cerca de 6,3 astros do tamanho do sol, e alguns buracos negros têm milhares de milhões de vezes o tamanho do nosso sol.
Astrónomos pensam que este processo pode formar buracos negros pequenos com cerca de 3 vezes o peso do nosso sol. Se o núcleo de uma estrela for ainda menor quando acaba o combustível, irá -se formar um outro tipo de astro, uma estrela de neutrões. Portanto, o buraco negro XTE J1650 não é apenas o menor buraco negro conhecido, aproxima-se do menor tamanho possível para um buraco negro.
Por incrível que pareça, equações de Albert Einstein previram que um buraco negro com 3,8 vezes a massa do nosso Sol teria apenas 24kilometros de diametro, seria do tamanho de uma cidade. "Isso faz com que o buraco negro seja um dos mais pequenos objectos descobertos fora do nosso sistema solar", diz Shaposhnikov.
Shaposhnikov e Titarchuk fizeram a sua descoberta usando NASA's Rossi X-ray Timing Explorer, um pequeno e barato satélite lançado no final de 1995. Rossi é capaz de fazer medições extremamente precisas do gás que rodava a volta do buraco negro. Por cronometrar o movimento do gás, os dois astrónomos foram capazes de medir a força do campo gravitacional do buraco negro, o que lhes diz o quanto ele pesa.
quinta-feira, 13 de março de 2008
Núcleo de Mercúrio é líquido
Investigadores norte-americanos determinaram que o núcleo de Mercúrio é líquido, utilizando uma técnica semelhante à usada pelos cozinheiros para saber se um ovo está cru ou cozido, indica um estudo divulgado pela revista Science.
Uma equipa de cientistas da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, dirigida pelo professor de astronomia Jean-Luc Margot, observou durante cinco anos pequeníssimas variações da rotação de Mercúrio na sua órbita em volta do Sol.
Essas oscilações longitudinais, chamadas librações, resultam do efeito da gravidade solar na forma ligeiramente assimétrica do planeta. Os investigadores determinaram que a magnitude das librações era o dobro da que seria de esperar num corpo totalmente sólido, o que só se explica se o seu interior for líquido e não rodar juntamente com a camada exterior.
Os cozinheiros determinam se um ovo está cru ou cozido fazendo-o girar: está cozido se a rotação for uniforme e cru se for irregular.
Os astrónomos estudaram os movimentos de Mercúrio através de telescópios instalados na Califórnia, Porto Rico e Virgínia Ocidental. Enviaram potentes sinais para o planeta e observaram os seus ecos, que configuraram um padrão único de manchas que reflectiam a irregularidade da superfície do planeta em locais muito separados. Ao medirem quando tempo cada padrão de mancha demorou a produzir-se em diferentes locais, foram capazes de calcular a velocidade de rotação de Mercúrio com uma exactidão de uma parte em 100.000.
A possibilidade do núcleo de Mercúrio ser líquido explica a inesperada descoberta, há vários anos, de que Mercúrio tem um pequeno campo magnético e reforça a teoria de que a massa interna do planeta é principalmente constituída por enxofre.
Aquela descoberta, graças à sonda "Mariner 10", surpreendeu os astrónomos por julgarem que o núcleo do planeta, dado ao seu pequeno tamanho, estaria há muito tempo solidificado. Prevê-se que uma sonda lançada pela NASA em 2004, a "Messenger", faça a sua primeira aproximação de Mercúrio em 2008 e comece a orbitar o planeta em 2011. "Esperamos que a Messenger esclareça outras questões que não podemos solucionar na Terra", afirmou Jean-Luc Margot.
fonte: sic online
terça-feira, 11 de março de 2008
Lua de Saturno poderá ter anéis
Reia, a segunda maior lua de Saturno, poderá ter pelo menos um anel, algo nunca observado noutras luas, sugere um estudo de uma equipa internacional de astrónomos baseado em observações da sonda euro-americana Cassini.
Segundo um trabalho, publicado na revista Science, pelo menos um disco de materiais foi detectado pelos seis instrumentos da sonda especificamente concebidos para estudar as atmosferas e as partículas em torno de Saturno e das suas luas. Esta será a primeira vez que se observam anéis em volta de uma lua.
"Até agora pensava-se que só os planetas tinham anéis. Agora temos uma lua de Saturno que parece ser uma versão em miniatura do seu muito mais ornamentado parente", disse Geraint Jones, cientista da missão Cassini e principal autor do estudo.
"Os astrónomos vão poder assim compreender melhor como se formam os planetas", acrescentou o cientista, que começou a trabalhar neste projecto no Instituto Max Planck, na Alemanha, e está agora no Mullard Space Science Laboratory no University College de Londres, no Reino Unido.
Os quatro maiores planetas do Sistema Solar (Júpiter, Neptuno, Saturno e Urano) têm todos anéis e é provável que a Terra também tenha tido um no princípio da sua história, há vários mil milhões de anos, segundo este astrónomo. Reia tem um diâmetro de
Uma outra nuvem de poeira poderá estender-se por mais de
Fonte: ciencia hoje
quinta-feira, 6 de março de 2008
Hardware português a bordo do laboratório da ESA Columbus já está a funcionar
do laboratório Columbus da ESA
O EuTEMP, desenvolvido pela empresa portuguesa EFACEC, foi montado na parte externa do módulo europeu da Estação Espacial Internacional (ISS) Columbus, para monitorizar autonomamente a temperatura na Plataforma de Experiências Externa da ESA (EuTEF - European Technology Exposure Facility), dedicada à demonstração em órbita de tecnologias espaciais. O EuTEMP é uma unidade de medida e aquisição de temperatura de pequenas dimensões, autónoma e alimentada por baterias, que foi construída de modo a resistir a temperaturas extremas do ambiente espacial, pelo menos durante diversos dias após o seu lançamento.
O papel do EuTEMP está a ser fundamental durante a instalação do EuTEF no módulo Columbus. Nesta altura ocorre uma fase crítica, chamada fase de transferência, onde os aquecedores estão desligados e o controlo térmico só pode ser feito por meios passivos. Durante esta fase a temperatura pode descer a valores muito baixos. O ambiente espacial é muito agressivo devido à ausência de atmosfera e gravidade, e aos níveis de radiações solares. As temperaturas podem variar rapidamente desde extremanente frias (- 140º C), quando os equipamentos estão á sombra (em eclipse), até 400º C, quando expostos ao Sol.
Apesar das simulações que têm em consideração os fluxos térmicos, as características de emissibilidade das superfícies e a inércia térmica das massas, podem surgir situações imprevisíveis. Há por isso a necessidade de monitorizar as temperaturas dos vários instrumentos da plataforma EuTEF.
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Campanha Azevinho
O blogue Herbário durante 2008 vai oferecer sementes de azevinhos a quem estiver interessado. Assim poderemos todos contribuir de forma simples para a preservação de plantas autóctones. Aos interessados pedimos que enviem uma mensagem para o nosso e-mail, adubinhos@hotmail.com, com a vossa morada. Colabore, semeando azevinhos em vasos que depois poderá transplantar para o seu quintal! Muito obrigado por colaborar, pensamos que estas pequenas iniciativas, juntas, farão a diferença no futuro! Informamos que as sementes são recolhidas de azevinhos de jardim e não pretendemos de forma alguma infringir ou desrespeitar a legislação que protege os azevinhos selvagens.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
Eclipse Lunar hoje a noite!!
A Terra vai atravessar-se entre o Sol e a Lua na próxima semana, no primeiro eclipse lunar total visível em Portugal desde Março de 2007.
Se as nuvens não o impedirem, o fenómeno astronómico será visível na noite de quarta para quinta-feira a partir das 00:35 (hora de Portugal), num momento em que a Lua cheia estará bastante alta no céu, em boas condições para se observar a sua ocultação.
A Lua ficará com um tom avermelhado durante o eclipse, que atingirá a sua expressão máxima às 03:26, com a Lua a mergulhar completamente na sombra da Terra.
"O disco lunar estará sempre visível, com várias tonalidades entre o cinzento e o avermelhado, devido às radiações luminosas projectadas por partículas da atmosfera terrestre". A Lua vai entrar sucessivamente na penumbra (00:35) e na sombra (01:43) até começar o eclipse total, que decorrerá entre as 03:01 e as 03:52.
Nas fases seguintes, a Lua sairá da sombra às 05:09 e da penumbra às 06:17, altura em que o seu disco estará de novo totalmente visível, embora a sua imagem comece a dissolver-se com o nascimento de um novo de dia. O começo da fase de sombra será visível em África, na Europa, no Oceano Atlântico, na América Central e do Sul, e na América do Norte, com excepção da zona ocidental.
Quanto ao final do fenómeno, só poderá ser visto na Europa ocidental e na orla mais ocidental de África, no Oceano Atlântico, no continente americano e na metade leste do Oceano Pacífico. Este eclipse tem a particularidade da Lua não atravessar a sombra da terra pelo meio, mas sim um pouco abaixo do diâmetro central e paralelo à orbita da Lua, o que tornará menor a fase de ocultação total.
A palavra eclipse tem origem no grego (ékleipsis, que significa desaparecimento) e foi a observação deste fenómeno que levou os antigos gregos a concluir que a Terra é redonda.
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
Radar mostra indícios de mares em Titã
Esta imagem, obtida através do radar da Cassini instrumento, mostra corpos líquidos perto do pólo norte de Titã. As imagens mostram que muitas das características comuns com os lagos na Terra, tais como ilhas, baías, enseadas e canais, também estão presentes. Eles oferecem uma forte evidência de que os maiores corpos observados nas imagens infravermelhos são, na verdade, mares. Estes mares são provavelmente constituídos por de metano e etanol no estado líquido.
Há mais de duas décadas, que os cientistas têm debatido sobre a existência de líquidos em Titã e, em caso afirmativo, onde eles seriam localizados. Observações Pré-Cassini dos anos 1980 indicava que algo na superfície Titã estava a reabastecer a atmosfera com metano.
Um oceano global foi, em tempos hipótese. Posteriormente, lagos ou mares foram preditas. A descoberta de numerosos lagos perto do pólo norte de Titã pelo radar da sonda Cassini em Julho de 2006 confirmou a última ideia, e indica uma aparente preferência dos líquidos para se localizarem próximo do pólo norte.
Estas novas observações do pólo norte mostram como estes lagos são generalizados, e revelam, pelo menos, um corpo líquido que pode ser justamente chamado de mar. Estes mares cobrem uma área cerca de
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
Estrelas
Uma estrela é um corpo celeste formado de plasma, o quarto estado da matéria (e não de gás, como muitos pensam), que se mantém coeso devido a sua força gravitacional. Esse corpo celeste, por causa de sua pressão interna, produz energia por fusão nuclear, transformando moléculas de hidrogênio
As estrelas podem ser vistas como enorme compactadores de matéria. O hidrogénio e o hélio, que estão na base da sua formação - por serem elementos com apenas um e dois electrões mais simples de fundir - são lentamente, ao longo de milhões de anos, comprimidos dando origem a elementos mais pesados, nomeadamente metais, cujos átomos são mais difíceis de fundir. Esta incapacidade de fusão, leva irremediavelmente à morte da estrela, como no caso do Sol. Dado que nos primórdios do Universo, o hidrogénio (H) e o hélio (He) eram basicamente os únicos elementos existentes, isso significa que todos os restantes elementos conhecidos actualmente, como por exemplo o ferro, o carbono, oxigénio, nitrogénio, foram fabricados por estrelas. A sua distribuição pelo Universo cabe principalmente às supernovas, que ao explodirem espalham por milhões de quilómetros estes materiais, dando origem a novas estrelas e sistemas planetários.
As estrelas visíveis aparecem como pontos brilhantes no céu nocturno, à excepção do Sol que devido a sua proximidade é visto como um disco e é o responsável pela luz do dia. O uso comum da palavra estrela nem sempre reflecte o seu significado astronómico, não incluindo o Sol e incluindo os planetas visíveis e até mesmo os meteoros (estrela cadente). Em virtude do uso amplo da palavra, um fenómeno belo e sem igual ocorrido dia 13 de Novembro de 1833, visível do Canadá ao México, foi denominado chuva de estrelas. E para o inicio da astronomia bem como para o observador a olho nu este ponto brilhante pode ser definido como estrela, pois todo o mapeamento de constelações foi inicialmente calcado nos pontos brilhantes, embora um ponto brilhante não seja necessariamente uma única bola de plasma como o caso da Alpha de Centauro Alpha Centauro que é uma estrela "ponto brilhante com luz própria no firmamento" formada por duas estrelas "bolas de plasma gigantes". A nomenclatura dentro das constelações respeitam a seguinte métrica, O brilho relativo dentro da constelação é marcado por letras gregas, sendo Alpha a mais brilhante e o nome da constelação, sendo que o firmamento terrestre é dividido em 87 constelações que são agrupamentos calcados na imaginação humana e historia astronómica.
Depois do Sol, a estrela mais próxima da Terra é a Próxima Centauro que fica a 40 trilhões de quilômetros, mas como não é possível observá-la a olho nu, pois é uma anã vermelha cujo brilho é bastante fraco, esse título fica com Alpha Centauro.
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
Lancamento do Vai-Vem Atlantis
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Faz Hoje 50 anos do lançamento do 1º satelite artificial terrestre
O Explorer I, oficialmente denominado Satellite 1958 Alpha (também referenciado como Explorer 1), foi o primeiro satélite artificial terrestre lançado ao espaço pelos Estados Unidos da América. Seu lançamento ocorreu no dia 31 de janeiro de 1958 (GMT-03:48, 1 de fevereiro de 1958) como parte do programa norte-americano para o Ano Geofísico Internacional e foi uma resposta ao lançamento pela URSS do Sputnik, quatro meses antes.Como conseqüência do lançamento do satélite da União Soviética Sputnik I em 4 de outubro de 1957 houve um frenético esforço dos Estados Unidos para lançar um satélite próprio, iniciando assim a corrida espacial. O satélite Explorer I foi desenhado e construído pelo Jet Propulsion Laboratory (JPL) e o foguete Júpiter-C foi modificado pela Army Ballistic Missile Agency (ABMA) para acomodar o satélite. O resultado do projeto foi a criação do foguete conhecido como Juno I. Trabalhando juntas, ABMA e JPL completaram o trabalho de modificação do foguete Júpiter-C e a construção do satélite Explorer I em 84 dias. Antes do término desse trabalho, entretanto, a União oviética já havia lançado um segundo satélite, o Sputnik II, em 3 de novembro de 1957.
sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
A nova estação terrestre da ESA nos Açores está pronta para efectuar rastreios do Ariane e do ATV
A nova estação de rastreio
fonte: ESA
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
Foi assinado o contrato industrial para a missão BepiColombo
O desenvolvimento industrial da BepiColombo, a primeira missão da Europa a Mercúrio, foi oficialmente iniciado. O contrato "prime", atribuído pela ESA à Astrium, foi hoje assinado durante uma cerimónia que teve lugar em Friedrichshafen, na Alemanha.A BepiColombo, uma missão para realizar o estudo mais abrangente de sempre de Mercúrio, foi seleccionada pela ESA como uma das suas missões chave em Outubro de 2000. Desde então, foram realizados vários estudos industriais e a sua avaliação levou à selecção da Astrium como contratante principal em 2006. O lançamento da BepiColombo está previsto para Agosto de 2013 e chegará a Mercúrio em 2019 após uma viagem de seis anos em direcção ao sistema solar interior. É a primeira missão dupla a Mercúrio, com uma nave espacial europeia e uma fornecida pelo Japão. O programa é desenvolvido como uma missão conjunta com a Agência de Exploração Aeroespacial Japonesa (JAXA), sob liderança da ESA. “As duas naves espaciais abordarão diversas questões científicas, entre elas a origem e evolução de um planeta próximo da sua estrela-mãe, o estado do interior do planeta e do respectivo campo magnético, assim como um teste à teoria de relatividade de Einstein,” referiu Johannes Benkhoff, cientista do projecto ESA para a BepiColombo. Uma nave espacial, a Mercury Planetary Orbiter (MPO) da ESA, transportará 11 instrumentos para estudar a superfície e composição interna do planeta com uma precisão sem precedentes, utilizando diferentes comprimentos de onda e técnicas de investigação. A segunda nave espacial, a Mercury Magnetospheric Orbiter (MMO) da JAXA, transportará cinco instrumentos para estudar a magnetosfera do planeta, que é a região do espaço à volta do planeta dominada pelo seu campo magnético. Em nome da ESA, a Astrium liderará uma rede de subcontratantes para desenhar e construir a nave espacial MPO da ESA e o chamado Mercury Transfer Module - que é o módulo para transportar a nave espacial composta MPO-MMO ao seu destino. “A Astrium terá de enfrentar vários desafios técnicos,” acrescentou Jan van Casteren, gestor de projecto da BepiColombo da ESA. “Derivam essencialmente da dificuldade em operar uma nave espacial no duro ambiente de um planeta tão próximo do Sol, onde a radiação é cerca de dez vezes mais intensa do que na proximidade da Terra.” Uma dificuldade adicional consiste no facto de que chegar a Mercúrio e depois entrar em órbita requer uma grande quantidade de energia para romper com a gravidade do Sol. Para o poder fazer, as fases de viagem e de inserção em órbita irão, essencialmente, basear-se em propulsão solar-eléctrica, complementada por várias manobras planetárias assistidas pela gravidade e propulsão convencional (química). Para obter a melhor ciência, o Mercury Planetary Orbiter funcionará com os instrumentos virados para planeta, algo nunca antes tentado com Mercúrio devido ao calor intenso vindo da superfície. Também incluirá a capacidade mais elevada de transferência de dados alguma vez usada em Mercúrio, enviando um elevado volume de dados de alta qualidade para a Terra, garantindo assim o máximo de informação científica.
Fonte :ESA
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
CAMINHO DAS ESTRELAS ABRE PRIMEIRA SPACE SHOP EM PORTUGAL
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O design inovador faz lembrar as séries espaciais, o revestimento do chão é uma imagem do espaço, e na cúpula aparece o planeta terra sobrevoado por uma nave (logótipo da empresa). Na loja, os clientes podem encontrar brinquedos iguais aos vendidos no Kennedy Space centre, fatos de astronauta para crianças e adultos, jogos, réplicas miniaturas de naves espaciais, etc., tudo produtos exclusivos da Space Toys que a Caminho das Estrelas representa em Portugal e Espanha. Mário Ferreira, Presidente da empresa, e primeiro turista espacial português, mostra-se confiante em mais este passo na conquista do mercado nacional “A Caminho das Estrelas, tem produtos para todas as bolsas. Não vendemos apenas viagens ao espaço. E a prova é a Space Shop, onde os portugueses podem comprar brinquedos do espaço e muito mais, a preços acessíveis. Queremos continuar a surpreender e por isso ao longo do próximo ano para além de mais Space shops, vamos ter outras iniciativas.” Para já os Portugueses podem ficar a conhecer melhor a Caminho das Estrelas através desta primeira Space Shop, no Centro Comercial Dolce Vita do Porto, Piso 0, junto à Praça central do Centro, a funcionar todos os dias das 10 às 24:00 H. Porto, 3 de Dezembro de 2007 Retirado de Caminhodasestrelas.pt |
quinta-feira, 10 de janeiro de 2008
Iluminar as noites lunares
Painel Solar e Fuel Cell
Dentro dos próximos vinte anos, as pessoas irão novamente explorar o vasto terreno lunar. Desta vez, vamos para construir um posto avançado permanente onde iremos realizar investigação científica, aprender a viver fora da terra, e testar novas tecnologias para futuras missões a Marte e mais além.
Durante o dia, painéis solares irão gerar electricidade para os habitantes, sistemas de apoio à vida, rovers, sistemas de comunicações e outros equipamentos. Mas as noites lunares duraram até 334 horas em alguns lugares. Mesmo no pólo sul da Lua, o sol nunca nasce. Montanhas e colinas impedem o sol de alcançar a superfície, e a noite banha a lua na obscuridade total por mais de 100 horas.
Glenn Research Center da NASA em Cleveland está a conduzir um esforço para desenvolver sistemas que possam armazenar energia para uso durante as longas e frias noites lunares. A solução pode ser uma pilha de combustível que o sistema foi inicialmente concebido para um avião solar-eléctrico de alta altitude.
Em 2005, o engenheiro eléctrico Bents David e a sua equipa em Glenn criou a primeira fuel cell totalmente fechada e regenerativa que alguma vez funcionou. Embora a tecnologia nunca foi implementada no avião, Glenn e a sua equipa estão a compilar informações valiosas do projecto enquanto projectam uma nova geração de fuel cells para a lua.
Como funciona:
As Fuel Cells combinam a partir de um tanque de hidrogénio e oxigênio do ar para produzir electricidade, calor e água. A fuel cell regenerativa também funciona em sentido inverso, utilizando electricidade para dividir a água em hidrogênio e oxigênio, que serão transformados outra vez em agua produzindo mais calor e electricidade.
"O que torna a nossa Fuel Cell regenerativa é o circuito fechado que é completamente selado", disse Bents. "Nada entra e nada sai, com excepção da energia eléctrica e calor residual. O hidrogênio, oxigênio produzem água como produto que será reciclado, uma e outra vez."
Em outras palavras, ao invés de utilizar o oxigênio do ar como outras fuel cells regenerativas, o sistema de ciclo fechado re-utiliza o oxigênio da água extraída. Que o torna ideal para uso na Lua, onde não há oxigênio.
"Na lua, iriamos começar com um tanque de água. Utilizar-se-ia os painéis solares para produzir hidrogênio e oxigênio durante o dia e, em seguida, usar o hidrogênio e oxigênio para gerar electricidade durante a noite, quando não há sol", disse Bents . "Idealmente, se nada estragar, ele poderia funcionar para sempre sem ser reabastecidos."
O sistema é muito semelhante a uma bateria recarregável, mas pode armazenar quatro a seis vezes mais energia do que uma bateria do mesmo peso.
Retirado de nasa.gov