quinta-feira, 24 de abril de 2008

Parlamento Europeu dá «luz verde» final à colocação em órbita do sistema Galileo até 2013




O Parlamento Europeu, reunido em Estrasburgo, deu "luz verde" definitiva à implementação do sistema de navegação por satélites Galileo, que deverá estar operacional e pronto a rivalizar com o GPS norte-americano até 2013. A posição, quase unânime, do hemiciclo põe fim a um longo processo e confere a base jurídica ao projecto, que dispõe já de um orçamento e de um plano de implementação detalhado.

No ano passado, o projecto Galileo chegou a estar seriamente ameaçado na sequência do fracasso das negociações com o sector privado - que forçava a UE a "encontrar" 2,4 mil milhões de euros, para além dos mil milhões já contemplados no orçamento para 2007-2013 -, tendo todavia sido alcançado um acordo entre os 27 durante a presidência portuguesa, no segundo semestre do ano.

O Parlamento Europeu aprovou um pacote de compromisso negociado com o Conselho sobre o regulamento que estabelece as regras de execução do Galileo, tendo o comissário europeu com a pasta dos Transportes, Jacques Barrot, indicado no hemiciclo de Estrasburgo que antes do final do ano serão assinados os contratos com a indústria.

Pensado em 2001 para pôr fim à dependência do sistema norte-americano GPS (de origem militar), o Galileo é composto por uma "constelação" de 30 satélites, colocados em órbita a cerca de 24.000 quilómetros de altitude. A fase de implantação, que compreende a criação de todas as infra-estruturas espaciais e terrestres, deverá decorrer entre o corrente ano e 2013, ano em que o sistema deverá estar operacional.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

ESA recruta novos astronautas na Europa

Com os astronautas da ESA a trabalharem no laboratório Columbus, a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS) e com o sucesso da missão ATV, o primeiro dos veículos de transferência de carga automatizados da ESA, que ao acoplar na ISS permitiu o fornecimento de carga variada, nomeadamente de mantimentos frescos à estação, as actividades de voos tripulados da ESA estão definitivamente a entrar numa nova era.

Está na hora da ESA procurar novos talentos e reforçar o seu corpo de Astronautas para futuras missões tripuladas à ISS, à Lua e mais além.

A Agência Espacial Europeia entrou para a história dos voos espaciais tripulados em 1978, data em que foi realizada a primeira selecção de astronautas, seguiu-se em 1983 a primeira missão ao laboratório espacial Spacelab. Entretanto os preparativos para o projecto do laboratório Columbus da ESA envolveram uma segunda selecção de astronautas em 1992.

O processo global de selecção terá início na segunda-feira 19 de Maio, seguindo normas e procedimentos previamente estabelecidos:

  1. 1) Selecção: o primeiro passo para a candidatura formal será efectuado online, em www.esa.int/astronautselection.
  2. 2) Os candidatos terão que apresentar um certificado médico, o mesmo que é exigido aos pilotos particulares, tendo esse exame que ser realizado por um médico perito em medicina aeronáutica certificado pelas autoridades aeronáuticas nacionais.
  3. 3) Os candidatos terão de passar por duas fases de avaliação de aptidão psicológica e profissional, que incluem testes profissionais, comportamentais e cognitivos.
  4. 4) Avaliação médica: este processo inclui um exame clínico a realizar por médicos e especialistas clínicos do sector aeronáutico, testes laboratoriais de despistagem e outros procedimentos especiais.
  5. 5) Entrevista formal: como potenciais membros da equipa de pessoal da ESA, os candidatos a astronautas serão submetidos a uma avaliação profissional adicional por parte de um comité de selecção da ESA.
  6. 6) As nomeações finais serão oficialmente anunciadas em 2009.

Os candidatos seleccionados passarão a integrar o Corpo Europeu de Astronautas e iniciarão a sua formação básica no Centro Europeu de Astronautas (ESA-EAC) em Colónia, na Alemanha.

A ESA necessita de renovar e de aumentar o Corpo Europeu de Astronautas, com vista a poder realizar com êxito os seus programas presentes e futuros. Neste âmbito a Agência decidiu dar início a um processo de selecção e recrutamento de novos astronautas. Convidamos os candidatos provenientes dos 17 Estados Membros (Áustria, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Holanda, Noruega, Portugal, Espanha, Suécia, Suíça e Reino Unido) a apresentarem as suas candidaturas.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Explosão cósmica ocorrida há 7,5 mil milhões de anos vista na Terra




A NASA observou uma explosão cósmica tão potente e luminosa que os seus efeitos puderam ser detectados a olho nu a partir da Terra, embora tenha ocorrido há 7,5 mil milhões de anos a uma distância de mais de metade do Universo visível.
"Nenhum outro objecto conhecido ou qualquer outro tipo de explosão pode ser percebido a olho nú a tal distância", isto é 7,5 mil milhões de anos luz, comentou, maravilhado, Stephen Holland, um cientista da NASA, citado num comunicado da agência.
"Se alguém estivesse a olhar para o lugar certo, no momento adequado, teria visto o objecto mais afastado alguma vez observado a olho nú sem ajuda óptica", salientou o cientista.
Até agora, o objecto mais longínquo que se podia ver a olho nú era a galáxia M33, que se encontra "apenas" a 2,9 mil milhões de anos-luz.
A explosão, chamada Sobressalto Gama foi detectada pelo satélite Swift da NASA que está encarregue de as procurar, é um dos fenómenos mais violentos que ocorrem no Universo.
O Sobressalto de quarta-feira "varre todos os Sobressaltos Gama que vimos até hoje", salientou Neil Gehrels, do Centro de Voo Espacial Goddard da Nasa.


fonte: NASA

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Cientistas da NASA identificaram o mais pequeno buraco negro conhecido


A gravidade de um buraco negro é tão forte que nada, nem mesmo luz, pode escapar o seu alcance.
Os astrónomos nunca poderão encontrar no universo o buraco negro mais pequeno, mas chegaram perto em resultados divulgados em 31 de março. Nikolai Shaposhnikov e Lev Titarchuk, que trabalham na NASA's Goddard Space Flight Center, em Greenbelt, Md., ter identificado o mais pequeno buraco negro conhecido do universo. Este buraco negro pesaria o mesmo que 3,8 astros do tamanho do nosso sol.
O Sol é uma enorme astro, e pode conter mais de um milhão de planetas Terra.Um astro que pesa o mesmo que 3,8 astros do tamanho do sol poderia parecer bastante, mas seria uma ninharia quando comparado com todos os outros buracos negros conhecidos. Anteriormente, o menor buraco negro conhecido pesa cerca de 6,3 astros do tamanho do sol, e alguns buracos negros têm milhares de milhões de vezes o tamanho do nosso sol.

O novo recorde pertence ao buraco negro conhecido como XTE J1650, formado no centro de uma estrela a morrer. O núcleo da estrela era um gigante reactor nuclear, gerando energia, transformando elementos leves como o hidrogénio em elementos mais pesados, como oxigénio. Mas eventualmente, o reactor ficou sem combustível e parou o seu funcionamento. O núcleo colapsou devido à sua própria gravidade e formou um buraco negro.
Astrónomos pensam que este processo pode formar buracos negros pequenos com cerca de 3 vezes o peso do nosso sol. Se o núcleo de uma estrela for ainda menor quando acaba o combustível, irá -se formar um outro tipo de astro, uma estrela de neutrões. Portanto, o buraco negro XTE J1650 não é apenas o menor buraco negro conhecido, aproxima-se do menor tamanho possível para um buraco negro.
Por incrível que pareça, equações de Albert Einstein previram que um buraco negro com 3,8 vezes a massa do nosso Sol teria apenas 24kilometros de diametro, seria do tamanho de uma cidade. "Isso faz com que o buraco negro seja um dos mais pequenos objectos descobertos fora do nosso sistema solar", diz Shaposhnikov.
Shaposhnikov e Titarchuk fizeram a sua descoberta usando NASA's Rossi X-ray Timing Explorer, um pequeno e barato satélite lançado no final de 1995. Rossi é capaz de fazer medições extremamente precisas do gás que rodava a volta do buraco negro. Por cronometrar o movimento do gás, os dois astrónomos foram capazes de medir a força do campo gravitacional do buraco negro, o que lhes diz o quanto ele pesa.